Etapa 16 Guimarães - Braga
Introdução
O chão velho que pisamos, entre duas antigas capitais
Nesta etapa, percorre-se parte da estrada medieval que ligava Guimarães (capital do condado portucalense) e a Braga, a brilhante Bracara Augusta, capital da província romana da Gallaecia e depois do reino suevo.
A primeira paragem é na ponte românica de Roldes, cenário ideal para descansar em fascínio pela água límpida do rio Selho. Entre Fermentões e Ribeira, o troço é peri-urbano mas, no final, há que sair para densa zona de mata que conduz ao rio Ave e ao Parque da Ínsua. Cruze a ponte romana de Caldas das Taipas e pare novamente ao encontrar a Fonte dos Quatro Irmãos, um dos mais curiosos monumentos do Caminho de Torres.
Prepare-se para enfrentar a dura subida da Serra da Falperra. Desde os horizontes durienses da Régua e de Mesão Frio que não havia subida como esta. As primeiras rampas de calçada estão em Lage e, daí até ao santuário da Falperra, sucedem-se os declives íngremes de calçada irregular. Se choveu durante a noite, é natural que encontre parcelas intransitáveis, agravadas pela passagem de veículos motorizados. Ao chegar ao topo, há ainda que subir o escadório do santuário.
A descida é por veredas paralelas à EN 209. Se fizer esta etapa de verão, ou ao fim de semana, é natural que encontre ciclistas, que o ultrapassarão a grande velocidade, pelo que todo o cuidado é pouco. Depois da igreja de Santiago de Fraião está já nos limites urbanos de Braga, onde entra pela antiga porta de Santiago. O destino é a sé catedral, principal monumento do Caminho de Torres antes da catedral de Compostela.